terça-feira, 12 de maio de 2020

Relatório de audiência do blog

Ao final de quase dois meses de atividade do blog, qualquer sucesso do projeto se estendeu somente às pessoas que estavam ao meu alcance. Quero dizer, os textos não viralizaram, ou seja, não foram repassados entre muitas pessoas. O maior número de visualizações obtidas foi quando (e porque) meu pai postou o link do blog no grupo de Whatsapp de sua turma da universidade. Esse texto, que tratava da história por trás da música Exagerado, do Cazuza, chegou a setenta visualizações. Pelo que me lembro, aproximadamente sessenta se deram somente naquele dia. Inclusive, recebi uma interação legal por parte de um dos ex-colegas do meu pai, Augusto Sérgio, que mandou um texto me parabenizando pelo blog e sugerindo uma matéria sobre a semelhança entre uma música de Baden Powell e Vinícius de Moraes com outra de Tom Jobim e Chico Buarque.



Na noite seguinte, eu publiquei uma lista de cinco artistas que haviam homenageado outros artistas através de músicas, um texto mais elaborado que eu vinha escrevendo há dois dias. Era um material mais interessante, comparado ao que conseguiu setenta views. Até o momento, esse post chegou a cinquenta e seis cliques, quase todos eles no mesmo dia também. Esses dois textos foram os mais vistos, principalmente por causa do que meu pai fez.
Desde o dia em que eu coloquei no ar o primeiro texto, mantive a regularidade de uma matéria por semana - e meu blog demanda textos maiores; demanda pesquisa a fim de escrever cada texto; por isso não escrevi um por dia ou algo próximo.
Eu não fiz nenhuma divulgação do blog nas redes sociais (além de compartilha-lo com o grupo da turma no Facebook). Praticamente tudo o que eu fazia, após uma publicação, era pedir para meus pais lerem. Foi sem eu saber que meu pai colocou o blog no grupo de Whatsapp dos amigos, por exemplo, o colocando em maior evidência.
Ao final, os textos tiveram uma média de 39 cliques no Blogger, sendo o menos clicado o publicado ontem - catorze até agora. Os únicos três comentários no site vieram da minha mãe, no texto sobre Charles Manson, da minha tia, que é fã da banda Nirvana, no texto sobre Kurt Cobain, e de uma colega de faculdade que eu não conheço, Maria Eduarda, no último texto publicado - ela escreveu: "muito interessante".
Sinceramente, acho que não havia muito a ser feito - minha opinião é que se eu tivesse compartilhado minhas publicações no Instagram, no Twitter e no Facebook eu conseguiria mais cliques, claro, mas dificilmente chegaria ao meu público alvo sem monetização ou uma maior divulgação.
Eu acho o conteúdo legal, mas acredito que não teve sucesso de audiência por dois motivos. O primeiro é que não houve uma forma de quem conheceu o blog, como os colegas do meu pai, serem lembrados das publicações frequentemente (a menos que eu os pedisse para entrar lá). Em outras palavras, não teve um "palanque". Em segundo lugar, pois ele não possui a mesma credibilidade de uma revista como a Rolling Stone ou de uma coluna do Globo. Vale lembrar que eu coloquei muitas quebras de texto e vídeos - o que ficou faltando foram os quizzes.

Google Analytics









Eu só consegui associar o Google Analytics ao blog tardiamente. Os dados do dia em que meu pai compartilhou aquele texto no Whatsapp, por exemplo, não foram contabilizados. Eu pesquisei sobre a taxa de rejeição, que é um dos dados mais importantes fornecidos. A princípio, taxas de rejeição alta (acima de 50%) são ruins, a menos que o site ofereça um conteúdo interessante que seja curto e rápido. Não é o meu caso, todavia, pois meus textos são maiores do que os da maioria. Ainda assim, ocorre que a taxa de rejeição no período da publicação do meu último texto foi baixa: 36%. Isso é ótimo, mas não significa muita coisa, já que eu conheço a maioria das pessoas que visitou a matéria. Foram 10 utilizadores, aos quais se subtraem eu, minha mãe e meu pai. As visitas ao site também se deram em sua maioria pelos celulares, 57,1%, contra 42,9% por computador, e a média de duração da sessão de hoje, por exemplo, foi de 02:24 minutos. Ao todo, foram 24 sessões abertas hoje.

Queria dizer que foi muito bom e importante para mim escrever esses textos, pois no curso de Jornalismo eu tive, até agora, raríssimas oportunidades ou incentivos para escrever sobre o que eu gosto. Especialmente em tempos de pandemia, em que estamos confinados em casa, tem sido algo que me mantém ocupado; me mantém curioso, interessado, instigado e me tira da inércia para uma direção que eu realmente quero seguir. Eu gosto de escrever sobre arte e música. Gosto de escrever com maior liberdade e ignorando as regras importunantes de lide/sublide/corpo impostas como se fossem a única alternativa para o jornalista, nesse curso, apesar de eu não ignorar todas as regras, obviamente. Um professor já me disse, e eu guardei isso, que a Regra precisa ser usada a nosso favor ao invés de nós agirmos em favor da Regra. Enfim, para mim a experiência foi maravilhosa até agora. Espero que eu esteja, de fato, fazendo algo útil e não errando demais.

2 comentários:

  1. que analise lucida e bem feita.
    os caminhos virtuais tem meandros que vc vai entender para que descubram que seu blog existe.
    sua escrita eh primorosa.
    mas as pessoas leem pouco. e pouco entendem o que leem. e buscam rapidez e agilidade em textos curtos de preferencia com sensacionalismo. basta ver como as fake news fazem sucesso.
    voce vai na contramao de tudo isso. que bom.
    siga em frente.

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