Ao final de quase dois meses de atividade do blog, qualquer sucesso do projeto se estendeu somente às pessoas que estavam ao meu alcance. Quero dizer, os textos não viralizaram, ou seja, não foram repassados entre muitas pessoas. O maior número de visualizações obtidas foi quando (e porque) meu pai postou o link do blog no grupo de Whatsapp de sua turma da universidade. Esse texto, que tratava da história por trás da música Exagerado, do Cazuza, chegou a setenta visualizações. Pelo que me lembro, aproximadamente sessenta se deram somente naquele dia. Inclusive, recebi uma interação legal por parte de um dos ex-colegas do meu pai, Augusto Sérgio, que mandou um texto me parabenizando pelo blog e sugerindo uma matéria sobre a semelhança entre uma música de Baden Powell e Vinícius de Moraes com outra de Tom Jobim e Chico Buarque.
Histórias da música
terça-feira, 12 de maio de 2020
segunda-feira, 11 de maio de 2020
BRIGAS LÍRICAS - Artistas que brigaram através de músicas
John Mayer - "Paper Doll" / Taylor Swift - "Dear John"
"Você não acha que dezenove anos é muito jovem para ser envolvida em seus deturpados jogos sombrios, quando eu te amava tanto?" Taylor Swift, em "Dear John"
"Você é como vinte e duas garotas em uma, e nenhuma delas sabe do que está correndo" - John Mayer, em "Paper Doll".
John Mayer e Taylor Swift namoraram durante aproximadamente um ano, entre 2009 e 2010. Na época, o músico tinha 32 anos e a cantora, 20. Além de ser um excelente guitarrista e compositor, John é conhecido por ter namorado muitas mulheres famosas, dentre as quais Jennifer Anniston, Katy Perry, Cameron Diaz e Jennifer Love Hewitt. E alguns términos desses relacionamentos não foram amigáveis, como no caso de Jessica Simpson e de Taylor Swift.
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terça-feira, 5 de maio de 2020
A obra musical de Charles Manson, o famoso líder hippie responsável por 9 assassinatos nos EUA
Charles Manson foi mitificado por ter sido um dos maiores líderes de culto do movimento hippie e por convencer seus seguidores a matar sete pessoas no curso de dois dias em agosto de 1969. Uma dessas vítimas foi a atriz Sharon Tate, esposa do diretor de cinema Roman Polanski, então grávida de oito meses.
A história dos assassinatos e de Manson se tornou conhecida e foi trazida à tona recentemente pelo filme "Era Uma Vez em Hollywood" e pela série "Mindhunter". Os assassinatos tiveram inspiração, inclusive, no "Álbum Branco" dos Beatles - em especial na música "Helter Skelter" - Os seguidores de Manson acreditavam haver mensagens ocultas espalhadas pelas músicas, e grifaram os dizeres "Healter Skelter" na parede da casa de Sharon Tate, com sangue. Manson também tinha a tatuagem de uma suástica na testa. Ele foi condenado à prisão perpétua e morreu em cárcere, de ataque cardíaco, em 2017.
Mas pouco é divulgado o fato de que Charles Manson também era músico e teve grandes aspirações musicais entre entre 1967 e 1969. E mais: ele tinha músicas boas e foi gravado por vários artistas, dentre o quais Guns n' Roses e The Beach Boys. O álbum "Lie: The Love and Terror Cult" ("Mentira: o culto do amor e do terror") foi lançado em 1970 com composições inéditas do criminoso. Na época, ele já estava preso. Manson possui uma conta no Spotify, e várias de suas canções foram lançadas ao longo dos anos (em 2010, 2011, 2016 e 2017 foram publicados compilados de músicas dele). Na biografia de Manson escrita por Vincent Bugliosi, cujo título é "Helter Skelter", é apontado o fracasso da tentativa de fazer sucesso em Hollywood como um dos motivos para a raiva do líder hippie.
Uma canção especial é a que abre o álbum dele: "Look At Your Game Girl" (gravada posteriormente pelo Guns n' Roses).
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sábado, 25 de abril de 2020
Por trás da canção - "Malandragem", de Frejat e Cazuza; rejeitada por Angela Ro Ro e adotada por Cássia Eller
"Malandragem" é a canção que estourou a carreira de Cássia Eller como uma bomba. Hoje, é a mais famosa dentre os sucessos da cantora.
Curiosamente, "Malandragem" foi escrita por Cazuza e Frejat, nos anos 80, e logo entregue à sua musa inspiradora, Angela Ro Ro. Entretanto, só seria gravada muito tempo depois, em 1994, por Cássia Éller, para quem a letra caía como uma luva.
A ideia inicial era figurar no álbum que Ro Ro estava desenvolvendo. Mas ela rejeitou a música em duas ocasiões, por achar a letra inadequada para ela: a primeira, assim que Cazuza e Frejat a terminaram e lhe ofereceram. A segunda, e, desperdiçando uma última chance, em 1994, antes de Frejat encaminhar "Malandragem" a seu destino (possivelmente) imutável - enfim, Cássia Eller.
Angela Ro Ro e Frejat, entre outros, contam tudo isso e mais um pouco no vídeo abaixo, que é de uma série do canal Bis.
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terça-feira, 21 de abril de 2020
Lista - 5 artistas que homenagearam outros artistas através da música
Alguns músicos se inspiraram em outros artistas - ídolos ou amigos - para escrever letras de canções. Exemplos deles são: Elton John/Marilyn Monroe, Anthony Kiedis (Red Hot Chili Peppers)/Kurt Cobain e Carole King/James Taylor.
Em uma lista próxima, enumerarei os artistas que usaram a criatividade para difamar, falar mal, atacar seus colegas por meio da arte. Existem vários casos.
Contudo, por agora, me deterei às homenagens positivas.
segunda-feira, 13 de abril de 2020
Por trás da música - "Exagerado", do Cazuza
Poucos sabem, mas a melodia de Exagerado, canção do Cazuza, é de autoria do Leoni - ex baixista e compositor do Kid Abelha, mais conhecido por ter concebido Garotos II - O outro lado, interpretada por ele mesmo. Contudo, a melodia consagrou apenas Cazuza (compensações financeiras à parte). Ele escreveu a letra pouco antes de deixar o Barão Vermelho e a música foi importante para lançar sua carreira solo. O vídeo abaixo - originalmente de uma série do canal Bis - relata a história.
quarta-feira, 8 de abril de 2020
Abandono, drogas e estupro - A infância de Kurt Cobain no aniversário de sua morte

Desde o início, Kurt era
artístico (desenhava muito bem) e desinibido, de estatura baixa e beleza
especial. Ainda novo havia sido diagnosticado com hiperatividade, motivo pelo qual
lhe administraram Ritalin. Já os colegas lembram dele como uma
pessoa quieta, gentil e talentosa. Após o abandono emocional dos pais,
entretanto, se transformou em um adolescente isolado de tudo e de todos,
estranho e introvertido. Revoltado com os pais e, mais tarde, com a vida
reacionária que levava.
Começou a usar drogas e a
cometer delitos. A juventude macabra do frontman do Nirvana ainda
inclui estupro: ele pensava em se matar, mas não sem antes experimentar o
prazer do sexo pela primeira vez. Em mais uma das incursões com seus amigos
para roubar bebida do porão da casa de uma menina retardada, Kurt preferiu
ficar após os outros partirem. Sentou no colo da menina e tocou seus seios. Ela
foi até o quarto e tirou a roupa. Kurt relata em seus diários que depois de um tempo
se sentiu tão enojado com o cheiro da vagina e do suor que não consumou o ato.
Depois desse dia ele se sentiu envergonhado por ter se aproveitado da menina e
inseguro com suas desconfianças sexuais. O pai da adolescente chegou a acusar
que a filha teria sido estuprada - entre outros colegas Kurt foi interrogado e
conta que se livrou por um motivo fatídico: a polícia pediu para a menina
apontar a foto do agressor no álbum da escola, mas ela não conseguiu
reconhecer, pois Kurt tinha faltado no dia em que as fotos de turma foram
tiradas.
O suicídio sempre foi carta presente na vida do astro do grunge. Aos doze anos, encontrou um colega enforcado na entrada da escola e o observou por vinte minutos até as autoridades chegarem. Declarava ter "genes de suicida", pois três de seus tios-avôs por parte de pai haviam se suicidado, assim como seu bisavô por parte de mãe - este se esfaqueou no estômago na frente da família (dentre eles a avó de Cobain), e morreu meses depois em um hospital psiquiátrico após reabrir as feridas com as próprias mãos.
O suicídio sempre foi carta presente na vida do astro do grunge. Aos doze anos, encontrou um colega enforcado na entrada da escola e o observou por vinte minutos até as autoridades chegarem. Declarava ter "genes de suicida", pois três de seus tios-avôs por parte de pai haviam se suicidado, assim como seu bisavô por parte de mãe - este se esfaqueou no estômago na frente da família (dentre eles a avó de Cobain), e morreu meses depois em um hospital psiquiátrico após reabrir as feridas com as próprias mãos.
Sabe-se lá quais traumas mais Kurt tirou dessa infância estranha. Não se sabe o quanto as experiências de sua infância influenciaram suas músicas e o fato de ele ter se tornado um compositor famoso - um dos melhores da história, certamente o símbolo de seu tempo e o líder não apenas da maior banda do movimento grunge, o Nirvana, mas também de sua geração. Mais interessante ainda: será que, se não tivesse passado por tais traumas, teria sequer se tornado algo próximo do que se tornou?
Em sua carta de suicídio
escreveu: "Better to burn out than to fade away (É melhor queimar de uma
vez do que ir se apagando)". Quase vinte e sete anos após sua morte - ele
dobraria de idade - a imagem dionisíaca, que consiste na beleza transgressora e
perturbada de Kurt Cobain, permanece imaculada.
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